BOOKS || O Urso e o Rouxinol (Katherine Arden)
Autor: Katherine Arden
Tradutor: Elisa Naziran
Editora: Fábrica 231
Série: Não
Temas: Jovem-Adulto, Fantasia, Lit.
Estrangeira
Guerra dos tronos encontra Mitologia nórdica, bestseller de Neil Gaiman, neste conto de fadas ambientado na Rússia medieval. Romance de estreia da norte-americana Katherine Arden, que morou dois anos em Moscou.
O urso e o rouxinol mistura aventura, fantasia e mitologia ao acompanhar a jornada da jovem Vasya, criada, junto aos irmãos, num vilarejo próximo de uma floresta, e que cresceu ouvindo de sua ama contos e lendas sobre criaturas que vivem nas matas e que precisam receber oferendas para manter o mal adormecido em seu interior. Mas a chegada de Anna, madrasta de Vasya vinda da capital, de hábitos católicos, e de um padre ortodoxo que resolve instituir as práticas cristãs no vilarejo, provoca uma mudança na rotina da menina e abre as portas para uma terrível catástrofe. Sensível e determinada, Vasya é a única que consegue enxergar e conversar com esses seres fantásticos e torna-se a última esperança para salvar o povoado onde nasceu da destruição.
>>>PRIMEIRA FRASE DO LIVRO<<<
“O inverno seguia avançando ao
norte de Rus’, o ar estava soturno, com uma umidade que não chegava a ser
chuva, nem neve.”
RESENHA<<<
Uma história
envolvente que traz um misto de fantasia e aventuras incríveis que prendem o
leitor do começo ao fim. Em ‘O Urso e o Rouxinol’ também podemos perceber a mitologia que está enraizada
em toda a história.
Vasya vive com seus
irmãos sempre aconchegada por contos fantásticos que a ama lhes conta para
espantar o frio e para que o sonho venha de maneira mais suave nas épocas mais
frias e difíceis. Mesmo que sejam devotos, principalmente o segundo filho,
Sasha, prefira rezar e seja bastante devoto, a igreja está gelada e com granizo
que não dá trégua, então até mesmo Sasha se rende as histórias de Dunya, mesmo
que com indiferença nos olhos. A mãe dos meninos nunca se importou com tais
histórias.
A história
favorita de Vasya é de Gelo e fala sobre um demônio de olhos azuis, o rei
do inverno, Karachun
(o deus da morte). Sendo o rei do solstício de inverno que aparece caçando
crianças malcriadas e às congelando a noite; Dunya ensina que os russos
espertos temem a criatura e sempre honram aqueles espíritos protetores das
famílias e dessa forma estão sempre protegidos de entidades do mal. Karachun
era uma palavra de mau agouro e dava azar pronunciá-la enquanto ele ainda tinha
a terra em seu poder.
"- Muito bem - disse Dunya,
após um momento de
hesitação.
- Contarei a história
de Morozko,
da sua bondade e da
sua crueldade.
- Ela colocou uma
leve ênfase nesse nome,
o nome seguro que não
poderia lhes trazer má sorte."
Quando a mãe de Vasya
morre, seu pai Pyotr parte até Moscou, retornando casado novamente. O que
parece rápido e até assustador; não apenas para Vasya, mas para nós leitores.
Essa nova esposa tem suas próprias crenças e com isso não aceita as crenças de
Vasya e de seus irmãos e sua ama; fazendo com que eles não honrem mais os
espíritos que protegem aquela família, mesmo que acatem a madrasta, fica aquele
frio na barriga de Vasya por talvez estar ignorando algo crucial que parece que
ninguém está se importando. Algo que pode por tudo a perder e trazer algum perigo
inimaginável.
Logo
muitas coisas começam a acontecer; coisas bem ruins que assolam não apenas a
família de Vasya, mas toda a sua aldeia. E mesmo assim sua madrasta parece cega
em suas crenças e determinação em casar a jovem ou enviá-la para os ensinamentos
de um convento na tentativa de "acalmar" seus pensamentos pagãos e
controlar os ímpetos da moça.
O que
ninguém poderia prever é que por detrás de cada crença tem suas verdades; cada
história seus demônios e fantasmas; e que Vasya não é apenas uma simples
garota, ela também tem seus segredos que em dado momento terá de tomar uma
decisão em continuar escondendo ou lutar por aquilo que acredita ser o certo e
resolver de fato aceitar aquilo que parece espreitar principalmente sua família
a cada instante.
Serão
apenas histórias contadas em dias frios? Serão apenas lendas
"urbanas"?
Descubram
lendo O Urso e o Rouxinol.
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1 comentários
Oi, Andy!!
ResponderExcluirAdorei sua resenha e fiquei doida para ler o livro!
beijos
Camis - blog Leitora Compulsiva