POISON BOOKS - Estação Onze (Emily St. John Mandel)
Tradutor: Rubens Figueiredo
Editora: Seguinte
Série: Não
Temas: Adulto, Ficção, Distopia, Outros
SINOPSE: Certa noite, o famoso ator Arthur Leander tem um ataque
cardíaco no palco, durante a apresentação de Rei Lear. Jeevan Chaudhary, um
paparazzo com treinamento em primeiros socorros, está na plateia e vai em seu
auxílio. A atriz mirim Kirsten Raymonde observa horrorizada a tentativa de
ressuscitação cardiopulmonar enquanto as cortinas se fecham, mas o ator já está
morto. Nessa mesma noite, enquanto Jeevan volta para casa, uma terrível gripe
começa a se espalhar. Os hospitais estão lotados, e pela janela do apartamento
em que se refugiou com o irmão, Jeevan vê os carros bloquearem a estrada, tiros
serem disparados e a vida se desintegrar.
Quase vinte anos depois, Kirsten é uma atriz na Sinfonia
Itinerante. Com a pequena trupe de artistas, ela viaja pelos assentamentos do
mundo pós-calamidade, apresentando peças de Shakespeare e números musicais para
as comunidades de sobreviventes.
Abarcando décadas, a narrativa vai e volta no tempo para
descrever a vida antes e depois da pandemia. Enquanto Arthur se apaixona e desapaixona,
enquanto Jeevan ouve os locutores dizerem boa-noite pela última vez e enquanto
Kirsten é enredada por um suposto profeta, as reviravoltas do destino
conectarão todos eles. Impressionante, único e comovente, Estação Onze reflete
sobre arte, fama e efemeridade, e sobre como os relacionamentos nos ajudam a
superar tudo, até mesmo o fim do mundo.
>>>PRIMEIRA FRASE DO LIVRO<<<
“O Rei estava de pé numa poça de luz azul, à deriva.”
RESENHA<<<
Como imaginar o futuro depois de uma grande epidemia? No momento em que tantas mudanças acontecem no nosso mundo, já imaginou se de repente tudo que você conhece do mundo terminasse, o que gostaria de manter com você para se lembrar da sua antiga vida?
A história de Estações Onze é um tanto confusa, idas e vindas sobre pessoas, temas, situações, é uma colcha de retalhos e que só vamos entender um pouco mais praticamente no final do livro, mas vale a máxima de apreciar com moderação. Por essa ‘complexidade’ e esse toque de confusão, não é daqueles livros que vale ler em uma ‘sentada’ como dizemos por aí. Após muitas páginas a gente deixa de achar o livro atraente e passa acha-lo chato e sem rumo.
O enredo é confuso, são partes das memórias de muitas pessoas, sendo um grande foco na pequena Kirsten, ela tinha perto de 8 anos quando começou a Gripe da Georgia, a qual dizimou praticamente três quartos da população, fazendo com que aviões, trens, ônibus e carros deixassem de funcionar e fazendo a população regredir, afinal, apesar de todos nós sabermos como funciona o celular e o computador, acredito que poucas pessoas possam criar um.
“Estou falando sobre essas
pessoas que
acabaram numa vida em vez
de em outra e se
sentem muito frustradas.”
Ela faz parte de um trupe itinerante e aos poucos vai mostrando como a Terra ficou, os lugares, as pessoas, seus sentimentos, como as pessoas reagiram e ainda reagem depois de tantas mudanças. Mostrar esses sentimentos, essas mudanças, essas desconfianças. Era estranho ver algo no ‘futuro’, mas ao mesmo tempo perceber que algumas coisas começam a se mostrar nos dias de hoje. Durante a leitura, o livro traz muitas coisas para pensar, não apenas neste futuro distante e um tanto sombrio, mas nos dias de hoje também. É um livro com muitas reflexões a fazer.
Não sei se todos os leitores vão amar o livro, ele é bem diferente do que estamos acostumados, tem momentos interessantes, mas intercala com muitos momentos de certa lentidão e uma sensação repetitiva, mas há bons personagens e o mistério que cerca alguns deles e alguns momentos são bons e o final não nos decepciona. Vale para quem quer tentar algo diferente e sair da zona de conforto.
Se eu fosse guardar algo, acho que seriam fotos, algumas, claro, porque impossível levar tantas, mas, escolheria algumas para me lembrar de coisas boas e bons momentos, com pessoas, lugares e situações engraçadas para manter na mente e no coração.
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