BOOKS || Mentes Sombrias (Alexandra Bracken)
Autor: Alexandra Bracken
Tradutor: Mariana Zambon
Editora: iD
Série: Sim, livro 1 (série Mentes Sombrias )
Temas: Jovem-Adulto, Distopia, Comportamento, Poderes
Quando completa 10 anos, a garota Ruby vê sua vida mudar completamente. Além do medo de ser vítima de um vírus fatal que ataca apenas as crianças, ela é rejeitada por seus pais, que a entregam para a polícia especial. Seu destino é Thurmond, um campo de reabilitação criado pelo governo norte-americano para cuidar dessa geração que possui algo diferente e ameaçador: são crianças com habilidades especiais. Elas podem controlar pessoas e objetos só com o poder da mente. Consideradas perigosas, vivem à margem da sociedade. Mas, aos 16 anos, Ruby consegue escapar de Thurmond e muda o seu destino, ao lado de novos amigos, fugitivos como ela: Liam, Zu e Bolota. Juntos, os quatro vivem as mesmas dúvidas, medos e inseguranças. Enquanto enfrentam uma realidade assustadora, fugindo de caçadores de recompensa, da polícia e da Liga das Crianças, uma organização que quer se aproveitar dessas habilidades infantis, eles tentam encontrar o Fugitivo, um líder misterioso que oferece abrigo e ajuda às crianças. E percebem que, apesar de tudo, ainda conseguem sonhar.
>>>PRIMEIRA FRASE DO LIVRO<<<
“Grace Somerfield foi a primeira a morrer.”
RESENHA<<<
Um elogio: poucos livros começam explicando o que de fato transformou nosso ‘lindo mundo’ em algo sombrio e apocalíptico. E apesar de lentidão com que a autora fez isso, páginas e páginas arrastada com a explicação que poderia ter sido sucinta, ela ganha pontos por fazer logo no início, não que a explicação seja detalhada, pois conhecemos do ponto de vista da protagonista que era uma criança na época dos acontecimentos, mas foi ótimo começar uma história sabendo o que de fato aconteceu e não descobrir tudo no livro 1835342748 da série.
A autora pegou alguns livros já conhecidos, e inseriu sua ideia, por exemplo, em Divergente, todos são separados por facções e aqui elas ainda acontecem, mas ao invés de nomes e a estrutura da mesma, temos cores, as cores identificam os poderes (estilo X-Men) das crianças e adolescentes, o que é o mote de Estilhaça-Me. Isso me deixou bem incomodada, geralmente a gente nota certos detalhes de outras histórias, mas nunca tinha visto algo tão igual do jeito que foi.
Outra coisa que realmente me encomendou foi a demora em chegar a algum canto, páginas e páginas de enrolação para acontecer qualquer coisa, era quase que a cada 100 páginas acontecia algum fato relevante e depois mais 100 páginas de enrolação e aí novamente um acontecimento. Isso deixou a história lenta e cansativa. E com isso tivemos um pecado mortal – quase nada acontece no primeiro livro. Quando vai acontecer já é praticamente final do livro...
De modo geral eu curti os personagens, só achei a protagonista muito mole e fraquinha para quem passou 6 anos dentro de uma prisão, falta à ela aquele espirito rebelde de quem fica trancado por obrigação. Muitas vezes me perguntava se ela teria ficado sedada, só isso justifica a apatia da protagonista, por isso os outros personagens roubam muitas vezes a cena e consigo me lembrar mais deles do que da menina.
De modo geral a história não me empolgou tanto quanto achei que seria devido à comentários que li, talvez a maior culpa seja a demora nas coisas acontecendo. Das quase 600 páginas que há no livro, acredito que poderíamos ter por volta da metade disso e ter uma história mais interessante.
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