POISON BOOKS - Ruínas do Tempo (Jess Walter)
Tradutor:
Ivar Panazzolo Jr.
Editora:
Verus
Publicação:
2013
Páginas:
363
Capítulos:
21
Série:
Não
Temas:
Adulto, Romance, Relacionamento
SINOPSE - Ano de 1962. Em um trecho rochoso do litoral italiano, um jovem
dono de hotel olha para as águas incandescentes do mar da Ligúria e vê uma
aparição; uma bela mulher se aproximando em um barco. Ele então descobre que se
trata de uma atriz, uma estrela americana, e que ela está morrendo. A história
dá um salto e recomeça nos dias atuais, a meio mundo de distância, quando um
idoso italiano aparece em um estúdio de cinema procurando pela misteriosa
mulher que ele viu pela última vez em seu hotel décadas atrás. O que se
desenrola a partir daí é um romance que abrange cinquenta anos e algumas vidas.
Da filmagem de 'Cleópatra' à agitação do Edinburgh Fringe Festival, o autor nos
apresenta um emaranhado de vidas de uma dúzia de personagens - o apaixonado
dono de hotel italiano e seu amor desaparecido; o conservado produtor que
outrora conseguiu juntá-los e sua jovem e idealista assistente; o veterano do
exército que se tornou escritor e o libertino Richard Burton, cujas vontades
são responsáveis pelo desenrolar de toda a narrativa - ao lado dos amantes e
sonhadores, celebridades e perdedores que povoam o mundo nas décadas que se
seguem.
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PRIMEIRA FRASE DO LIVRO<<<
“A
atriz moribunda chegou ao vilarejo da única forma que alguém poderia alcança-lo
diretamente – em um barco a motor que se aproximou da enseada, passando pelo
atracadouro de pedra, e bateu com um solavanco na parede do píer.”
RESENHA<<<
Começo
essa resenha dizendo a frase clássica do final dos relacionamentos ‘o problema
não é você, sou eu.’ Sim, eu realmente não tive muita química com este livro,
não digo isso para dizer que o livro é ruim, ele apenas não era para mim. Talvez
os mais apaixonados por romance ou que tenham grandes sacadas possam amar, mas
não foi o meu caso. Acho que ao ler a sinopse e ao passar as páginas, a ideia
era completamente diferente.
Sendo
sincera, o ritmo de leitura foi bem devagar. O autor gosta de descrever em
demasia, mas a descrição dele sempre tem a ver com fases, momentos e ler muitos
nas entrelinhas. É como se você precisasse entender alguma coisa antes de ler
esse livro, sabe aquele famoso sorriso da Monalisa que ninguém o motivo? Senti-me
assim algumas vezes, como se tivesse deixando escapar algo.
O
livro fala de amor, não apenas o romance, mas aquela coisa que a gente tem
sobre a nossa vida, nossas escolhas, nossos sonhos. E quando a gente perde isso
ou enquanto não achamos isso parece que a vida não faz sentido... meio filosófico,
né? O livro segue nessa vibe. Passado e presente se misturam para falar de momentos
de glória e coisas decadentes.
Existe
uma gama enorme de personagens, talvez isso que tenha me deixado confusa, pois
quando a história é contada no passado (um pouco depois da Segunda Guerra
Mundial), temos uma longa lista de personagens e toda uma história se
desenrolando, não apenas da vida do personagem ‘principal’, mas seus amigos,
parentes e as coisas e pessoas que ele vai conhecendo/aprendendo ao longo da
vida.
E
no presente, quando ele já está bem velhinho (na faixa de 80 anos), além dele
temos os outros personagens que estão ali por interesses próprios (melhorar de
vida, virar um grande astro, ir atrás de seus sonhos), mas acabam ouvindo a
grande e louca história que aconteceu com esse italiano.
Acho
que se eu pudesse destacar algo positivo do livro, apesar de todas as
considerações que já fiz, seria esse coisa do pensamento da massa, de fazer
algo só por fazer ou agradar a outros e nunca à nós mesmos. Ou quando a gente
perde o tesão, seja no trabalho, em uma pessoa, ou até na própria vida e
empurra com a barriga. Nisso, a mensagem do livro é bem clara e vale refletir. Não
importa a idade ou seu modo de vida.
“Filmes não são nada além de uma vitrine
de exposições atualmente, veículos de propaganda para o lançamento de novos
brinquedos e videogames. Adultos estão dispostos a esperar três semanas para
assistir a um filme decente no conforto de suas casas, ou assistirem à TV a
cabo – e, assim, aquilo que passa por lançamento nos cinemas são apenas
videogames fantasiosos e bem-feitos para garotos de testículos inchados e suas
namoradas bulímicas.”
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