BOOKS || Sal (Leticia Wierzchowski)
Tradutor:
--
Editora:
Intrínseca
Série:
Não
Temas:
Adulto, Romance, Lit. Nacional
Um farol enlouquecido deixa desamparados os homens do mar que circulam em torno da pequena e isolada ilha de La Duiva. Sob sua luz vacilante, a matriarca da família Godoy reconstitui as cicatrizes do passado. Em sua interminável tapeçaria, Cecília entrelaça as sinas de Ivan, seu marido, e de seus filhos ausentes, elegendo uma cor para cada um. Com uma linguagem poética, a premiada escritora gaúcha Leticia Wierzchowski, autora de A casa das sete mulheres, dá voz e vida a cada um dos integrantes da família Godoy, criando uma história delicada e surpreendente, enriquecida por múltiplos e divergentes pontos de vista.
PRIMEIRA FRASE DO LIVRO<<<
“O
farol andava louco desse que Ivan morrera.”
RESENHA<<<
Meu
limite foi a página 90 e para quem já deu uma espiada no livro sabe que o mesmo
possui capítulos curtos, mas ele tem algo que é uma faca de dois gumes – muitos
personagens, por um lado faz a história ficar dinâmica, mas por outro, como
nesse caso, a fez ficar chata e arrastada. Ver a visão de 1000000 de
personagens e ficar tentando identificar quem é quem pela cor e às vezes
memória precisa de uma baita concentração.
O
livro narra a história de uma família, uma família que tem uma sina. Mas uma
das filhas gosta de brincar com as palavras e no meio do real, há essa história
inventada por ela. Da sua família, mas como se ela fizesse um ‘upgrade’, ou
seja, criasse coisas, esquecesse algumas e modificasse outras.
Não
senti empatia por nenhum dos personagens, fossem eles quando eram reais ou os
inventados. Eu lia mas não conseguia sentir a emoção que a autora quis passar
ao escrever, ela tem uma maneira interessante de escrever, mas ela quer florear
demais e aí eu me senti arrastada em sua história ao invés de vibrar por cada
página e cada momento de reviravolta.
Analisando
friamente o que nos é apresentado em ‘Sal’, acredito que se um dia o livro
virar uma série (a autora escreveu ‘a casa das sete mulheres’, que virou minissérie
e bombou), as pessoas vão querer ver e se grudar. Sinto que ela escreveu com
esse intuito e por esse motivo apesar de a história ter um enredo interessante,
a escrita se arrasta e a gente não consegue se concentrar, mesmo com capítulos
curtos (algumas vezes possuem apenas 2 folhas).
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