BOOKS || Sonhos (Alyson Nöel)
Tradutor:
Marcia Blasques
Editora:
LeYa
Série:
Sim, livro 1 (série The Soul Seekers)
Temas:
Jovem-Adulto, Fantasia Urbana
Daire Santos é uma adolescente de 16 anos, filha de uma maquiadora de Hollywood, que namora estrelas de cinema e viaja com a mãe por todo o mundo. Até que coisas estranhas começam a acontecer com ela: visões com corvos e pessoas brilhantes, o tempo que para de andar, sonhos com um belo menino de olhos azuis-gelo.
Os médicos acham que se trata de um caso psiquiátrico. Sua avó, curandeira respeitada na pequena cidade de Encantamento, Novo México, afirma que pode curá-la com suas ervas e poções. Sem alternativa, Daire vai para uma cidade perdida no meio do nada, longe da mãe, e com a avó que até então não conhecia.
O que parecia ser o fim, no entanto, revela-se o início de uma grande aventura: guiada pela avó, Daire descobre ser uma Buscadora de Almas, descendente de uma linhagem poderosa que, através dos tempos, vem garantindo o equilíbrio entre o bem e o mal tanto no nosso mundo quanto em outros mundos e outras dimensões.
PRIMEIRA FRASE DO LIVRO<<<
“Há
momentos na vida em que tudo para.”
RESENHA<<<
Para
quem não sabe, depois da série Os
Imortais, eu fiquei com os dois pés atrás com a autora. Ela tinha uma ideia
muito boa na série, mas enrolou tanto nos seis livros que fiquei traumatizada e
quase não ia ler Sonhos, mas uma promoção me fez pensar a respeito, e pensei,
já li tanta coisa ruim... vou dar uma chance, qualquer coisa desisto.
Mais
uma ideia interessante, falar sobre a cultura xamã, seus mistérios, ideias,
feitiços e lenda. Quase não vejo livro falando sobre o assunto e com certeza é
um diferencial, porem em suas 300 páginas (com letrinhas miúdas), a autora nos
mostra o mesmo mais do mesmo de sempre.
A
personagem Daire é ‘cool’, viajada, esteve em todos os lugares do mundo e
trocou tudo isso para viver em Encantamento (uma microcidade), suas atitudes de
‘não estou nem aí’ caem rapidamente e o lado cool se torna chato e repetitivo
como em todas as outras protagonistas – vira a excluída da escola. Cadê a
atitude minha filha? Senti muita falta disso, no início do livro parece uma
pessoa depois se transforma em outra completamente diferente.
As
primeiras páginas nos trazem um ar de mistério, um quê de diferente, mas depois
toda a boa ideia da autora se perde em uma história sem sentido. Ela com
certeza pesquisou sobre o assunto, mas na hora de passar isso para o papel
ficou estranho, confuso e nos faz perder um pouco do interesse. Aos poucos tudo
meio que morre para o leitor.
A
história enrola aonde não deveria e é rápida demais onde deveria ter sido mais
bem desenvolvida, principalmente na parte dos xamãs e seus poderes. Mesmo
conhecendo pouco da cultura, senti que as informações foram jogadas ou mal
explicadas, e ficamos com a sensação que faltou um cuidado na hora de revisar e
ligar os pontos.
Até
darei crédito para autora, pois neste livro são bem mais páginas e a fonte é
pequena (provavelmente algo entre 9 e 10), mas sendo sincera, retiraria metade
da história e na outra metade elaboraria mais.
Já
para os personagens, além de Daire, temos os gêmeos – Cade e Dace (olha o triângulo
amoroso aí), a avó xamã (teve um link com o Brasil desnecessário... povo deve
achar que aqui só tem índio mesmo, não é possível), mas destaco mesmo a amiga
que ‘sente’ a energia. Boas tiradas, um lado sarcástico e foi bem construída.
O
final no estilo ‘vamos salvar o mundo’ foi fraco e gancho para o próximo livro
totalmente nulo. Minha pergunta é: será mesmo que vale ser uma série? A coisa
já vai para o terceiro livro...
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