BOOKS || O Caso do Homem que Morreu Rindo (Tarquin Hall)
Tradutor:
Renato Prelorentzou
Editora:
Record
Série:
Sim, livro 2 (série Vish Puri)
Temas:
Adulto, Romance, Suspense
Um estranho assassinato no Clube do Riso desperta um alvoroço em Nova Delhi e chama a atenção de Vish Puri, o detetive mais particular da Índia. A vítima, Dr. Jha, conhecido como ''Caçador de Gurus'' por desmascarar charlatões, foi apunhalada por uma figura que alegava ser a deusa Kali e surgiu flutuando, com quatro braços, o rosto escuro e uma enorme língua pendendo da boca ensanguentada. A única pessoa que continua rindo é o principal suspeito, o guru Maharaj Swami, que parece ter se livrado de seu crítico mais influente. No entanto, Vish Puri, não acredita no caráter sobrenatural do crime e tira da manga suas milenares técnicas de investigação para resolver o mistério.
PRIMEIRA FRASE DO LIVRO<<<
“Encolhido
no banco de trás do seu Ambassador, com as janelas fechadas e o ar-condicionado
funcionando a todo vapor, Vish Puri mantinha um olhar atenta na rachadura do
para-brisa.”
RESENHA<<<
Com
‘O Caso do Homem que Morreu Rindo’ foi exatamente assim, e o país para onde
‘fui passear’ foi a Índia, este lugar tão cheio de contrastes como nosso
Brasil, um lugar de mitos, lendas e talvez da maior prova de amor – Taj Mahal.
O Rio Ganges e toda uma cultura que ao mesmo tempo é tão bonita, exótica e
diferente quanto a nossa. E isso foi o que o autor mostrou em suas páginas.
A
história fala de um detetive que é ‘famosinho’ na Índia, ele pega os casos
difíceis, mas também enfrenta os mesmos problemas que temos aqui – corrupção,
propinas, interesses diversos e tudo isso aliado ao algo que ao mesmo tempo em
que é uma benção, também pode ser uma maldição – a forte influencia de gurus e
deuses que a Índia possui e quando seu caso esbarra em um guru famoso e um
‘caça gurus’ que tem problema com a alta escala do governo o buraco pode ser
mais embaixo.
A
história mostra esse caso – que é o principal – e pequenos casos que estão
ligados a esse de uma forma muito simples e objetiva, as descrições são boas,
mas nada do tipo demorado. O tempero fica por conta do detetive – que é uma
figura, fazendo a linha louca/debochada as vezes – que no meio de seus ‘causos’
sai para comer ou fuxicar as coisas e é quando o autor dá o tempero, falando
das comidas exóticas, dos sabores e do dia-a-dia de um lugar que nos parece
distante.
Por
conta de aparecer alguns outros casos, temos muitos personagens e linhas de
raciocínio e isso pode confundir em alguns momentos, principalmente devido ao
fato dos nomes nos serem estranhos/incompreensíveis algumas vezes, mas de forma
geral a história possui um bom humor e leve que se você não vier prestando
atenção poderia deixar de ler nas entrelinhas os problemas da Índia tão bem
escritos.
Esse
livro faz parte de uma série que não é série, pois mantem-se apenas o
protagonista, mas os casos vão mudando. Apesar de esse ser o 2, não tive nenhum
problema para ler e entender a história, os personagens que acredito eu já
tinham sido apresentados no anterior, ele fez uma breve apresentação informando
quem era quem e o que faziam ou porque o detetive mantinha contato com ele.
Foi
uma ótima leitura, além de mudar o foco e expandir o conhecimento, ele acaba
caindo para esse lado de suspense, mais de uma forma leve e divertida. O que
geralmente não é a questão de quem curte suspense/policiais.
“A algumas pessoas faltam fibras morais.”
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